Parkinson: E agora?

A 11 de Abril celebra-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson, uma iniciativa da Associação Europeia da Doença de Parkinson.
O Parkinson foi descrito pela primeira vez no século XVIII pelo médico inglês James Parkinson, sendo o nome da doença em sua homenagem.

O que é a Parkinson?

O Parkinson é uma patologia neurológica degenerativa do sistema nervoso central. É uma doença crónica, de evolução progressiva e que afeta os movimentos corporais.

Como acontece e quais os fatores de risco?

A causa desta patologia é desconhecida mas acredita-se que seja multifatorial, resultante de fatores genéticos e ambientais. Fatores de risco como o envelhecimento, hereditariedade e ser do género masculino potenciam o aparecimento da doença.
O Parkinson surge quando os neurónios de uma determinada região cerebral (substância nigra) morrem. Em condições normais, estas células são responsáveis por produzir dopamina, um neurotransmissor que ajuda a transmitir mensagem entre as diversas áreas do cérebro que controlam os movimentos corporais. Desta forma, quando as células da substância nigra morrem, verifica-se uma diminuição dos níveis de dopamina, o que provoca dificuldades no controlo do tónus muscular e dos movimentos corporais. Assim, os músculos são afetados quer durante o repouso quer durante a atividade.

Quais são os sinais e sintomas?

Os sinais e sintomas da doença de Parkinson variam de pessoa para pessoa. Os tremores nas mãos são os sintomas mais precoces e comuns. Com o evoluir da patologia, os sintomas agravam-se e surge a rigidez, descoordenação motora, dificuldades na marcha, lentificação dos movimentos corporais, alteração da postura corporal e da expressão facial. Em alguns casos, pode também levar à depressão, perturbações do sono, dificuldade em engolir e perturbações da micção.

Como é realizado o diagnóstico?


O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico uma vez que não existe nenhuma análise laboratorial que possa comprovar esta doença. Uma vez que não se sabe a causa, o diagnóstico é baseado nas queixas do utente e nas alterações que apresenta no exame neurológico realizado pelo especialista. A realização de exames complementares pode ser necessária no sentido de excluir a presença de outras patologias neurológicas potencialmente reversíveis.
Quando se verifica uma suspeita clínica elevada e uma melhoria dos sintomas com fármacos que aumentem os níveis de dopamina é, então, possível confirmar o diagnóstico da doença de Parkinson.

Qual o tratamento mais eficaz?


A doença de Parkinson não tem cura. Contudo, existem medicamentos que ao aumentar os níveis de dopamina no cérebro, controlam os sintomas, atrasando a progressão da doença e melhorando a qualidade de vida.
Para alem da medicação, a fisioterapia e a terapia ocupacional desempenham um papel fundamental uma vez que ajudam o utente a melhorar a sua atividade funcional diária, aumentando a capacidade de resposta e adaptação do organismo aos sintomas característicos desta doença.


FONTE:
Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson

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