Dentro dos Tumores de Cabeça e Pescoço, o Cancro Oral é uma doença maligna comum a nível mundial. As suas localizações mais frequentes são: lábios, bochecha, gengiva, palato, língua e pavimento da boca. O sexo masculino é 3 vezes mais afectado que o feminino. A sua maior frequência está entre os 40 e 60 anos.

Portugal revelou nos últimos 10 anos um aumento no número de casos, o que o posiciona como segundo país da Europa com maior taxa de incidência. Os factores de risco são múltiplos como genética, tabaco, álcool, má higiene oral, radiação solar, dieta pobre em frutas e vegetais, vírus HPV de transmissão sexual e traumatismo crónico por má dentição e/ou proteses dentárias mal posicionadas.

O diagnóstico precoce é crucial para o tratamento oportuno, pelo que a educação, a prevenção e os rastreios são extremamente importantes para a população. A cavidade oral é uma área fácil de acessar e visualizar, o que permite um diagnóstico oportuno.

O cancro oral é uma das neoplasias malignas mais comuns em todo o mundo, tratando-se de uma doença com um forte impacto dada a sua elevada incidência e mortalidade, assim como pelos seus custos associados. Em todo o mundo são esperados mais de 400.000 novos casos de a cada ano, sendo Portugal um dos países europeus com piores registos de incidência e mortalidade.
Neste grupo de neoplasias, englobam-se os tumores malignos da língua, lábios, orofaringe e pavimento da boca, sendo esta última a localização mais comum.
Trata-se de uma doença muitas vezes prevenível e que se associada a estilos de vida modificáveis. A utilização de tabaco é o principal fator de risco, sobretudo quando associado a consumo excessivo de bebidas. O risco de cancro oral é 5 a 9 vezes maior em fumadores. Outros fatores de risco incluiem uma má higiene bucal, exposição ao vírus do papiloma humano (HPV) e histórico familiar.
Sinais e sintomas sugestivos de carcinoma oral abrangem úlceras da mucosa que não cicatrizam em 2 a 3 semanas, áreas endurecidas e/ou de crescimento tecidular na mucosa oral, lesões/placas brancas ou vermelhas, mobilidade dentária, disfagia (dificuldade em engolir) e tumefações cervicais, sugestivas de linfadenopatias.
Após deteção e estadiamento, o tratamento poderá passar por radioterapia, quimioterapia ou mesmo cirurgia.
A chave para um bom resultado perante o cancro oral é o diagnóstico e um tratamento precoce. A taxa de sobrevivência está diretamente relacionada com o estádio da doença na altura do diagnóstico.
O cancro oral é uma questão de saúde importante em Portugal, e é fundamental adotar medidas de prevenção e promover o diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura e melhorar o prognóstico.