O Dr. Gustavo Coelho é o responsável pelo Centro de Tratamento do Hospital de São Francisco do Porto, foi pioneiro em Portugal no tratamento do linfedema dos membros superiores e inferiores com a técnica de transferência de gânglios linfáticos vascularizados submentoneanos (cervicais).
O linfedema é uma desordem do sistema linfático que leva a uma acumulação de líquido intersticial nos tecidos, resultante da incapacidade de transporte do sistema linfático. A obstrução linfática provoca um aumento no conteúdo de proteínas do tecido extravascular, com a retenção subsequente de água e edema dos tecidos moles.
O linfedema pode ocorrer secundariamente a anomalias congénitas do sistema linfático (linfedema primário), ou ser o resultado de uma condição adquirida em que os canais linfáticos estão lesados ou obstruídos (linfedema secundário).
O linfedema pode ocorrer no membro inferior, membro superior e genitália. É frequente associar o linfedema ao cancro da mama. De facto, o linfedema do membro superior é a complicação mais frequente pós-mastectomia. A sua elevada prevalência (podendo atingir os 50%) e a gravidade de algumas das suas sequelas tornam imperiosa a otimização da intervenção terapêutica.
Frequentemente, os doentes submetidos a mastectomia são também submetidos à excisão dos gânglios linfáticos. Este procedimento torna-se necessário, pois existe sempre a possibilidade de algumas células cancerígenas poderem ficar alojadas nesses gânglios. Essa remoção vai tornar o processo de retorno da linfa ao sistema circulatório mais lento, o que pode conduzir a um edema no membro.
Uma das técnicas cirúrgicas desenvolvidas para o tratamento do linfedema é a anastomose linfático-venosa (LVA). Novas abordagens para a cirurgia de LVA demonstraram ser uma solução eficaz a curto e longo prazo para o linfedema em muitos pacientes.
Este procedimento envolve a criação cirúrgica de uma conexão local na área afectada do corpo entre os vasos linfáticos e minúsculas veias, permitindo que o excesso de líquido linfático seja drenado diretamente para a veia e retorne à circulação natural do corpo, na tentativa de facilitar a drenagem do líquido linfático para o sistema circulatório, reduzindo assim o desenvolvimento do linfedema.
Durante a cirurgia, são efectuadas pequenas incisões no braço ou perna afetados. A técnica baseia-se no uso de super-microcirurgia para conectar os canais linfáticos diretamente às veias mais próximas. O diâmetro dos canais linfáticos usados no procedimento varia, geralmente, entre os 0,1 mm a 1mm de largura.
O objetivo do procedimento é diminuir o inchaço, a dor e o desconforto na extremidade e eliminar a necessidade de uso adicional de roupas de compressão.
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