A dor é considerada pela OMS desde 2003 como 5º sinal vital e é muitas vezes desvalorizada.

É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual, real ou potencial. A perceção da dor é subjetiva, tendo para além do componente físico um componente emocional subjetivo importante.
A dor aguda é normalmente um sinal de alerta de dano tecidular no nosso organismo e é de curta duração. Esta consiste no principal motivo para a procura de cuidados de saúde por parte da população em geral.
A dor causa sofrimento, reduz da qualidade de vida, causa estados psicopatológicos como a depressão que ajudam à perpetuação do fenómeno doloroso.
A dor crónica (para além dos 3 meses), pode estar presente na ausência de uma lesão objetivável, ou persistir para além da cura da lesão que lhe deu origem. Nesse contexto, a dor deixa de ser um sintoma para se tornar numa doença por si só, tal como foi reconhecido numa declaração emitida no Parlamento Europeu em 2001.
É um problema de saúde pública, tendo sido criada pela DGS um programa de luta contra a dor. Tem impacto individual e social criando muitas vezes absentismo ou reformas antecipadas por invalidez. Estima-se uma prevalência em Portugal de 36,7%.
A complexidade deste problema levou à criação por todo país de consultas multidisciplinares de abordagem da dor crónica. A dor crónica está frequentemente associada a problemas oncológicos ou a problemas osteoarticulares/ doenças autoimunes. A abordagem é frequentemente feita por Anestesistas/ Psicólogos/ Psiquiatras/ Cuidados Paliativos e especialistas envolvidos nas patologias que originaram a dor como oncologistas, Internistas, Ortopedistas/Reumatologistas.
Melhorar a qualidade de vida destes doentes é de suma importância.
A abordagem medicamentosa e técnica tem vindo a evoluir e a melhorar e está sempre presente, mas é vital o suporte psicológico e modular a reação subjetiva à dor com psicoterapia e por vezes com outras terapias complementares como Meditação, Reiki, acupuntura entre outras.
Estes doentes necessitam de ser entendidos, acompanhados e ajudados para que consigam levar uma vida com qualidade.

A pensar nisso o nosso Hospital tem uma Consulta da dor em funcionamento (efetuada pelo Dr. Humberto Rebelo).

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